Jovens
Todos os anos, a Aporvela embarca jovens portugueses a partir dos 15 anos a bordo dos Grandes Veleiros que participam nas The Tall Ships Races. Uma experiência de Treino de Mar única para toda a vida. Terás a oportunidade de embarcar num Grande Veleiro, e fazer parte duma tripulação unida pela sua vontade de velejar até portos distantes por toda a Europa.
Não precisas de ter experiência para poder embarcar. Se és capaz de enfrentar desafios, se queres conhecer outros países, viver uma aventura e fazer amigos de todos os cantos do mundo, então chegou a tua vez!
O treino de mar a bordo dos Grandes Veleiros, proporciona a aprendizagem da arte da marinharia e navegação, valoriza a importância do trabalho de equipa, e permite sobretudo, que as pessoas se conheçam a si próprias e que descubram as suas forças e talentos escondidos.
Durante o tempo a bordo, o tripulante participa em todas as actividades que tornam possível a navegação do barco. Desde a ajuda nos trabalhos de manutenção, subir ao mastro, ajudar a içar as velas, ou até mesmo à responsabilidade de assumir o comando do leme numa noite de céu estrelado.
Numa viagem não há dia ou noite, o barco segue caminho dia após dia, e a tripulação organizada em turnos, chamados de “quartos”, trabalha incansavelmente para fazer o barco chegar a bom porto.
E é naqueles momentos especiais em que pode ouvir-se o vento nas velas, ou ver o sol nascer no horizonte longínquo do Mar, que se agradece por fazer parte duma experiência tão única e maravilhosa.
Ao chegar ninguém tem dúvidas de que foi uma viagem inesquecível, e da qual se sente um enorme orgulho de ter feito parte.
Nos últimos anos a APORVELA contou com dezenas de “Jovens e o Mar” a bordo de navios portugueses e estrangeiros, em viagens mais ou menos longas mas sempre recheadas de aventura.
Em 2009 a APORVELA e um tripulante da caravela Vera Cruz e “Jovem e o Mar” foram surpreendidos com a conquista do importante prémio Young Sail Training Volunteer Award. O nosso associado André Nogueira de Melo foi o jovem marinheiro que participou na Tall Ships Races Baltic 2009 a bordo da escuna Flying Dutchman e se revelou um tripulante de grande capacidade e espírito de equipa.
Em 2014 foi a vez da Marta Carvalho Martins receber o mesmo prémio – prova de que os nossos jovens navegadores e voluntários são já reconhecidos lá fora… cá dentro a Aporvela já sabia que tinha um grupo de jovens fantástico e entusiasta.
Em 2007, a APORVELA participou na viagem “Youth in Action at Sea Baltic 2007”, dentro do âmbito do programa Juventude em Acção.
Francisco Sousa Otto, Mateus Espregueira, Guilherme Lacerda e João Monteiro foram os portugueses escolhidos para ter um desafio extraordinária e uma experiência única em que Jovens oriundos de dez países da União Europeia reuniram-se para velejar e aprender um pouco sobre a história e cultura dos seus países a bordo do navio EUROPA
O inicio desta fantástica viagem foi no dia 20 de Julho em Kotka, Finlândia, com passagem por Estocolmo na Suécia, e destino em Szczecin, Polónia.
Foi uma experiência inesquecível, onde pude conhecer pessoas de outros países e de todas as idades, fazer amigos para toda a vida.
E era exactamente esse o objectivo destes quatro jovens: estabelecer e desenvolver relações de colaboração e de intercâmbio internacional enquanto participavam na prática de vela e tudo que está inerente à mesma.
Depois de quatro dias em alto mar, sujeitos a tempestades, frio e enjoos, tivemos uma sensação maravilhosa quando, no último dia dessa pernada, ao chegarmos à Suécia, nos deparámos com uma recepção calorosa de muitas pessoas. – Francisco
Mesmo cansados, festejámos o facto de termos concluído essa prova pessoal depois de tanto tempo de preparação. – Mateus
O que mais o impressionou foi o facto de não haver noite durante dias seguidos e pensar que há pessoas que vivem permanentemente assim. – Guilherme
É complexo a gestão das expectativas a bordo, nunca se sabe como é que vão ser os nossos quartos e como é que vamos terminá-los. Estamos constantemente à prova, tendo que estar sempre preparados para ajudar numa manobra. – afirma Francisco
E quando cheguei ao terceiro dia e pensei, o que estou aqui a fazer, o melhor conforto foi pensar que todos nós estávamos a sentir a mesma coisa e que juntos venceríamos todos os nossos medos. Afinal estávamos todos no mesmo Barco. – desabafa o Mateus sorridente.
Aprendemos que somos muito mais fortes do que pensamos – conclui espirituosamente o Guilherme.
Sentimos que representamos Portugal e a nossa identidade marítima e aproveitamos para trocar experiências entre jovens de tantos países… é uma viagem de auto-descoberta e de superação de tudo, garanto que não volto diferente de cada uma destas aventuras.Para o ano os testemunhos podem ser teus…